sábado, 17 de maio de 2008

Primeiras impressões sobre o novo comando do Minstério do Meio Ambiente

Marina Silva é um exemplo de vida. Sou fã dela, deixei isso claro em "posts" anteriores. Achei que sua saída no Governo foi uma perda enorme, agora, fica a dúvida sobre a continuidade do "pensamento" e do modelo ecológico/ econômico do Brasil.

Sobre Carlos Minc, pouco sei, e este conhecimento vem do que tenho lido nos meio de comunicação nestes últimos dias.

No primeiro momento fui pessimista. Tenho o costume de radicalizar para o lado negativo e pensar primeiro no "pior cenário possível", para depois ponderar os prós.
Li que o mérito de Minc estava em "conceder licenças ambientais em tempo recorde" para grandes projetos.

Pensei: "Pronto!! Mais um tecnólogo pronto para distribuir autorizações e licenças ambientais como quem distribui chicletes às crianças" .

Espero estar enganado, outros fatos mostram que pode, sim, haver equívoco em minhas avaliações iniciais. São eles:

  • O aval da própria ex- ministra Marina, que considera que o "raciocínio " implementado por ela estará mantido no novo comando.
  • A fala do novo Ministro em relação ao Governador de Mato Grosso Blairo Maggi : "Se o Governador Maggi pudesse, plantaria soja até nos Andes".
Bravata ou não, ao menos, Minc sabe que Maggi vê a Amazônia como uma grande lavoura.
  • O próprio Governador Maggi, que afirma "não ter boas expectativas sobre o novo Ministro". E completa dizendo que Minc "não entende nada de Amazônia".
No meu entender, o novo Ministro começou bem. Imaginava que o substituto de Marina seria alguém muito mais próximo ao Governador Maggi do que à Senadora.

Minc afirma que as autorizações e estudos de impacto sairão de forma mais rápida, mas isso não significa que serão menos rígidos. Para ele, isto não é sinal de "relaxamento das normas ambientais" , e sim, sinal de "desburocratização". Quer fazer os processos serem , ao mesmo tempo, mais rápidos e mais rígidos .

Esperamos para ver até onde seu discurso será coerente com seus atos.

Mais uma vez faço coro com Marina. Haverá retrocesso nas políticas ambientais se não houver um novo "acordo político" entre Governo e o MMA (Ministério do Meio Ambiente).

A Ex- Ministra afirmou que saiu por perceber que as "pedras já não se moviam mais". E que o desgaste e a incompatibilidade de ações e pensamentos com "determinados" setores do Governo (principalmente com a Casa Civil e com os Governadores Blairo Maggi - MT e Ivo Cassol -RO ) inviabilizaram sua permanência no Ministério.

Ela que crê que a renovação do MMA, imposta por sua saída, pode ser a "chave" para a reestruturação política da pasta que comandou por 5 anos.


A Seguir, cenas dos próximos capítulos....


(com auxílio das fontes: Rádiobrás, ISA, Amigos da Terra, Valor Econômico, Estado de S. Paulo)

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