quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Jose Maria Aznar (ex- premier Espanhol) é "Anti- Al Gore"

Al Gore, conseguiu chamar a atenção do mundo com seu projeto "Uma Verdade Inconveniente", alertando sobre a necessidade de se encarar o problema do aquecimento global (por causas humanas).

Sempre que alguém conhecido expõe um problema, está sujeito a aplausos e a críticas.

Com Al Gore não foi diferente. Seu vídeo ganhou o "Oscar" e suas palestras são vistas no mundo inteiro.

Como ambientalista (que me considero), já vi o vídeo um punhado de vezes.
Considero um vídeo interessante à quem não tem acesso direto`a questão ambiental, mas sei de suas limitações e falhas (que não são poucas) .

São essas limitações e falhas que impulsionaram o surgimento de uma série de vídeos e livros que contestam a tese de Gore.

A ultimas grandes personalidades a se manifestar sobre o assunto foram o ex-Premier Espanhol Jose Maria Aznar e o Presidente da República Checa Vaclav Klaus.

Sua arma é o livro "O Planeta Azul (não verde)" da Editora "Gota a Gota" (ainda inédito no Brasil).

Segundo a resenha do livro feita pelo jornal "El País" (ESP), os argumentos usados pelo autor destrincham a teoria de Gore, e rejeitam o argumento de que o aquecimento global é causa humana, sendo na verdade parte do ciclo de existência do Planeta.

Ou seja, o ciclo industrial humano não só não é responsável pelas mudanças climáticas que estamos enfrentando, assim como a diminuição do impacto humano no planeta não mudará em nada o processo do aquecimento global.

Que a teoria de AL Gore pode ser contestada, não há duvidas (sim, ela possui muitos furos), mas o IPCC (Painel Mundial de Mudanças Climáticas - em inglês), que é ligado a ONU já considera (com mais de 90% de certeza) que as causas do aumento de temperatura do Planeta tem "origem humana".

Duas coisas são surpreendentes nessa história toda:

Primeiro, José Maria Aznar é presidente da FAES (Fundación para el Análisis y Estudios Sociales). E possui muitas fontes de estudo para chegar às conclusões que expõe na publicação.

A outra é esta onda de "estadistas-escritores", que resolveram falar do tema "aquecimento global".

Por um lado, é bom que o assunto esteja sendo tratado nas altas esferas, mas ao mesmo tempo é curiosa a maneira como o tema é abordado.

Al Gore crítica (sem realmente criticar) o sistema capitalista vigente. Propondo formas mitigadoras do impacto, mas sem nunca questionar o modelo desenvolvimentista apregoado pelo país que ajudou a governar.

Aznar não crítica, pelo contrário, acredita que o modelo desenvolvimentista é correto e deve ser perpetuado.

(está bem, farei uma mea-culpa. não li o livro de Aznar, mas as resenhas deixam a entender a maneira como ele se posiciona ante esta questão).

Dá a impressão que os autores de "O Planeta Azul (não verde)" não querem ver seus países alijados do modelo capitalista de desenvolvimento justo agora.

A Espanha, por ainda não ser um País central na conjuntura Europeia (como são França, Alemanha e até Itália). Tanto que Zapatero (Premier sucessor de Aznar) não foi chamado para a Cúpula de discussão sobre a crise econômica que se realizará nos próximos dias em Washington (com todos os países do G-27, menos Espanha)

. A República Checa, por sua vez, afirma estar entrando "agora" na economia de mercado, e não quer perder a chance de dar ao mundo a sua parcela de "desenvolvimento" (leia-se poluição industrial).

No fim, parece uma briga de egos entre EX chefes de Estado.

Enfim, mesmo cheio de falhas, e com discurso "chapa branca", creio que Al Gore ainda tem mais razão em suas críticas do que seus opositores.

Um comentário:

Anônimo disse...

El Mejor Presidente del Gobierno Español