segunda-feira, 13 de outubro de 2008

FAO pede cautela na adoção de biocombustíveis.

A FAO ( Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação), divulgou um relatório fazendo críticas e considerações à utilização em larga escala dos biocombustíveis e também á política de subsídios oferecidos aos países pordutores desta matriz energética.


O documento divulgado pela FAO diz que, basicamente, que é necessário proteger os pequenos agricultores da especulação do mercado global de commodities, bem como garantir a sustentabilidade ambiental da produção.


A FAO crítica que a iniciativa de biocombustiveis não se apresentou como substituto de matriz energética realmente eficiente, pois não foram responsáveis por nenhum tipo de redução de gases-estufa, mas foram responsáveis por parte da alta dos alimentos pelo Mundo.


Afirma que 2% da produção de milho e cana-de -açucar já é destinada diretamente a virar combustível.

A onda de "substituição de matriz" tende a aumentar esses valores rapidamente e consequentemente levará o milho o açucar e toda a sorte de grãos (oleaginosos) "da mesa" ao "tanque de combustível", pois será mais vantajoso queima-los como combustível do que coloca-los na preteleira de um supermercado.


A FAO critica o uso do milho e cita a "Cana do Brasil" com solução viável.


O milho americano precisa de um processo complexo e que gasta muita energia para se tornar Etanol, já a Cana-de-açucar usa a própria palha para fazer as caldeiras da Usina de Álcool funcionar, tornando-a 100% aproveitável na produção de Etanol e também é livre de subsídios .


(Só é preciso avisar a FAO que o álcool brasileiro ainda possui estreitas ligações com "trabalho-escravo" e com desmatamento de áreas de grande interesse ambiental)


O Milho é alimento-base de 80% da população das Américas, e o aumento de seu valor já é sentido no bolso da população mais carentes.


Os EUA dominam a produção mundial de Etanol, com 48% do montante total (e produção centralizada no Milho), o Brasil é o segundo maior produtor, com 31% (com produção centralizada na Cana-de-Açucar).



A FAO pede que os investimentos privilegiem a pesquisa de biocombustíveis de segunda geração, porque estes não são produzidos a partir de matérias-primas alimentares, e sim da palha ou da madeira.





Fonte: Ambiente Brasil/Agência Brasil (07/out/08)

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