terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

"Dividir e Conquistar" - O Plano "B" dos EUA no Afeganistão .

Atualmente Há quase uma unanimidade entre analistas políticos em relação à derrota americana em solo afegão. São dez anos de "ocupação", muitas baixas, um gasto astronômico e pouco ganho real.

Deve ser feita uma ressalva. Algumas vitórias foram alcançadas pelos EUA:

A "Al Qaeda" teve seus "campos de treinamento" desmobilizados, os Talebans não controlam as capitais do país, estão circunscritos ãs áreas "rurais" e..... ( bom, talvez seja só isso mesmo).

Bin Laden, motivo primordial para a invasão, nunca foi encontrado. Há ainda uma vasta área do país (sul e leste) que são "incontroláveis". Tais regiões são classificadas como "Safe Heavens" ( em tradução livre: "Paraísos"), ficam na região montanhosa do país, fronteira com o Paquistão.
Históricamente, as montanhas que separam o Afeganistão do Paquistão não possuem governo oficial estabelecido, reinam as relações tribais.
A etnia "Pashtun" - a principal do país - é contra a ocupação ocidental e torna a vida dos americanos um tormento, principalente ali.

O Paquistão, aliado americano, é acusado de fazer "jogo duplo" e, muitas vezes complica os avanços americanos nessa região montanhosa. Lá, o Taleban ainda domina, e parece que essa situação não mudará tão cedo.

A paciência da opinião pública dos EUA está acabando e a vontade de investir dinheiro nessa guerra também.
Os ganhos econômicos advindos dos "gasoduto trans-báltico" não justificam o que já foi investido nessa guerra. (ver post: Fim da invasão americana no Iraque. Começo dos problemas no Afeganistão)

E os EUA já têm um plano "B", para esse país asiático. A solução "mágica" é dividir o país em dois, "excluindo" as incontroláveis áreas de montanha.

O Afeganistão "do Sul" continuaria vivendo no caos e no tribalismo, com suas células terroristas e plantações de papoula. Afeganistão do "Norte", que já está em estado avançado de controle pelos EUA seria totalmente pacificado pelas forças de coalizão. Quem sabe assim consigam contruir o tão desejado gasoduto.

É isso ou assumir uma humilhante derrota e retirar-se "fugido", tal qual um segundo Vietnã.


(Imagem: http://www.rand.org/content/dam/rand/www/external/publications/randreview/issues/summer2007/images/p19b.gif)

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