terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Brasil reconhece a Palestina de 1967.

O Governo Lula esta' terminando mas algumas decisoes importantes tem sido tomadas nessa reta final de mandato do metalurgico.

O Brasil saiu do "muro" e oficializou sua posicao de apoio ao reconhecimento da Palestina respeitando as fronteiras de 1967. Tal atitude brasileira foi louvada no mundo arabe e condenada por Israel. Nao poderia ser diferente.

Extra-oficialmente, o Brasil ja' trabalhava com esse arranjo mas, ao externar sua posicao, da' maior forca politica ao Estado Palestino. Nao foi atoa que dias apos a atitude brasileira, a Argentina e Uruguai seguiram nossos passos.

Israel condenou a postura dos sulamericanos. Afirmou que o posicionamento e' "inoquo" e desnecessario. Nao ajuda o processo de paz e aumenta a tensao na regiao. Afirmam, ainda, que a postura brasileira limita qualquer chance do pais em interferir no processo de paz da regiao. Como quem diz: "Se voces sao favoraveis 'a Palestina, sao contra os Israelenses."

Ao contrario do que pensam as liderancas judaicas, acredito que o posicionamento brasileiro e' benefico. Nao e' porque o Brasil tem uma posicao que se transformara' em um pais inflexivel.
As negociacoes entre arabes e judeus enfrentam um de seus piores momentos. A ajuda de outros paises pode colaborar com a flexibilizacao das posturas e a busca de entendimentos. O Brasil pode se tornar importante nesse processo pois tem boas relacoes com quase todos os povos do mundo, e em breve mandara' tropas ao Libano, criando uma chance de se aproximar do conflito e de seus protagonistas.

Os Israelenses se esquecem que s reivindicacoes dos palestinos constam de resolucoes da ONU de longa data, os arabes apenas querem o que deveria ser seu por direito. Por falta de forca economico-militar, os palestinos sao sumariamente expulsos de suas terras tradicionais.

Equanto os refugiados palestinos sao "espremidos" em Gaza ou na Cisjordania (West Bank), as invasoes judaicas prosseguem. Pela forca militar controem muros de separacao, "check points", realizam embragos economicos e bloqueios de todos tipo. Para completar ampliam as ocupacoes ilegais em territorio originalmente palestino.

Essas sao atitudes incompreensiveis vindas de um povo que parece que se esqueceu o que e' ser marginalizado e perseguido.

Torco para que os lideres do "Likud" (Partido de extrema-direita judaico) nao se esquecam do sofrimento que seu povo passou nos ghetos de Varsovia, na decada de 30. Quem sabe assim sejam mais flexiveis nas negociacoes com seus "irmaos arabes".

Daqui, continuo torcendo para que a atitude brasileira ajude a acelerar os negociacoes de paz e nao a trava'-las.

(Imagem, fonte: http://www.bahianoticias.com.br/fotos/editor/Image/palestina_brasil.jpg)

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