A pergunta repetida a exaustão era: "Facão é utensílio tradicional Kayapó?
Deveria, na verdade, ser : "Por que houve agressão?"
Tentarei responder as duas questões..... A Primeira é mais fácil
O Facão, NÃO É arma tradicional se levarmos em conta que um utensílio trazido pelo Homem Branco quando chegou a área do norte do Mato Grosso e no sul do Pará. Todavia, eles já possuíam, milenarmente, bordunas e facas (rudimentares), `as quais consideram " instrumentos de trabalho". Afinal, caçam com elas.
Não vou me alongar na discussão do conflito, já o fiz em um " post" chamado "Belo Monte-O Alto preço da energia barata" (http://ecologus.blogspot.com/2008/05/usina-de-belo-monte-o-alto-preo-da.html).
Existe uma diferença nesses dois momentos históricos.
Nos anos 80, atitude semelhante dos kayapó parou a obra. Todavia, vivíamos resquícios de Regime Militar (o que causava certa comoção popular contra Grandes Projetos), tinha o Sting e o Lula ainda era "candidato".
Hoje o Governo pressiona mais, já que vive a ameaça de um segundo apagão em menos de 10 anos. Afirma que a mudança de projeto não afetará a vida dos reclamantes.
Marina Silva, a Ministra "da Floresta" (grande opositora da obra) , já não é mais Ministra, o Sting foi cuidar da volta do "The Police" " O candidato" de 1989 já pensa em ser Presidente pela terceira vez..... os únicos que não desistiram da peleja foram os índios e alguns "loucos" como meu tio Oswaldo.
Pode ser que este ato violento (diferentemente do que fez a índia Tuira nos anos 80) "jogue a opinião publica" contra os índios e acelere o processo todo. Poderemos ganhar um "Elefante Branco" em tempo recorde.....
Confesso que gostaria de saber para onde vai esta situação, mas não posso nem imaginar.....
Sei que a violência não é o caminho mais adequado, mas há uma lei da selva que diz:
"Bicho acuado, ataca!"
E os índios atacaram com as armas que tinham.
Será que não deveríamos prestar mais atenção no quem dizem os índios?
Precisamos mesmo de Belo Monte?
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A todos que lêem este blog, gostaria de me desculpar pela inconstância.
Agora não sou mais "blogueiro" em tempo integral. Voltei a ter um trabalho e ando um tanto ocupado, prometo continuar escrevendo, no mínimo, 2 vezes por semana.
Abraços a todos.
Tigê
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