O que é o Realismo?
Realismo é um conceito com inspirações no pensamento maquiaveliano e que analisa o mundo pela ótica das relações de poder.
O maior teórico desta linha de pensamento no século XX chama-se Hans Morgenthau.
A frase de Maquiavel que resumiria esta corrente ideológica poderia ser:
"[na busca pelo poder] Os fins justificam os meios."
No ambiente da política externa é muito comum que seus dirigentes pensem desta forma.
Afinal, no mundo caótico das relações entre Estados, o objetivo principal é a busca pelo aumento e pela manutenção do PODER.
Quem tem poder quer mais poder, quem não tem quer tê-lo. Simples assim.
Visando este objetivo, tudo é válido.
Dois expoentes políticos adeptos destas idéias são:
Otto Von Bismarck, Chanceler prussiano do sec. XIX e principal responsável pela unificação alemã em 1870 e, na minha humilde opinião, o maior diplomata que já existiu.
Henry Kissinger, o Secretário de Estado dos EUA responsável pela condução das Relações Internacionais americanas durante a Guerra do Vietnã. A despeito da estupidez da guerra que dirigiu, é ótimo escritor e grande entendedor dos meandros desta corrente ideológica. Seu livro "Diplomacia" é um dos meus preferidos.
Com as informações advindas dessas leituras acabei por tornar-me um pouco mais cético quanto à maneira de condução da política externa, principalmente em se tratando do caso do Brasil.
A atual postura brasileira nas questões internacionais não parece condizer com os objetivos que aspira.
O principal sonho da Diplomacia Nacional é fazer parte do Conselho de Segurança da ONU.
Nesta busca, o Brasil tem pautado muitas de suas ações externas recentes. Lidera as Forças de Paz no Haiti; Colaborou com a redemocratização no Timor Leste; Envolveu-se na questão da sucessão hondurenha; Faz a ligação entre o “mundo árabe/muçulmano” e o Ocidente.....
Todas ações que visam, ao final, argumentos que ajudem ao país a convencer os membros do referido órgão a aceitá-lo como novo componente.
(continua...)
2 comentários:
Credo Tige! Elogiar o Kissinger..." adespeito da estupidez da guerra que ele conduziu"....poe ai; "a despeito dos 2 milhoes de vietnamitas mortos"...nem parece que fez PUC! heheheheheheheheh
Taí o adendo. Mas o texto não é sobre a Guerra do Vietnã nem sobre a atuação politica de H.K., aqui a referência é como escritor e analista do Realismo Político.
Sua obra "Diplomacia" é fundamental para estudantes de RI´s e para todos que desejam entender sobre os ultimos 160 anos de História Mundial.
Não se pode ignorar isso.
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