É a partir de agora que o evento ganha em importância e dramaticidade, os chefes de Governo e de Estado e suas comitivas começam a chegar à Dinamarca.
A comitiva brasileira é uma grande prévia das eleições de 2010. Já desembarcaram no país nórdico: Dilma, Serra e Marina.
Cada um com sua visão sobre o tema, cada um querendo mostrar ao mundo sua própria plataforma eleitoral.
Não há uma proposta oficial com a qual os trabalhos da Conferência serão desenvolvidos, todavia é quase consenso que haverá um fundo de compensações para países pobres e/ou biodiversos. Especula-se que este fundo terá um montante bastante elevado de dinheiro para ajudar a pagar pela preservação. Fala-se em valores que vão de US$ 100 bi. até US$ 500 bi. , aporte que seria angariado entre os países industrializados do mundo (em processo semelhante ao que é realizado com os fundos de empréstimo do F.M.I.)
Para Marina Silva, o Brasil deveria ser um dos países contribuintes, mas com um valor baixo (US$ 1 bi, por exemplo).
A lógica da Senadora Acreana tem seu sentido:
Se o Brasil é um emergente "VIP" deve agir como tal, fazemos nossa doação -simbólica- aos "mais pobres do que nós" e constrangemos as lideranças econômicas mundiais a fazer a sua parte (muito mais vultosa, claro).
Dilma Rousseff crê que não deveriamos contribuir com o suposto fundo, apenas sermos beneficiados por ele.
Ao meu ver, a Ministra da Casa Civil está certa.
Somos o país com a biodiversidade mais rica do mundo.
Possuimos a maior floresta tropical que ainda existe. Fora isso, biomas exclusivos como o Cerrado, a Mata Atlântica, o Pantanal.....Todos valiosos por seu alto número de espécies animais e vegetais e, principalmente, todos sofrendo com a degradação.
Só isso já é motivo suficiente para exigirmos auxílio financeiro, ajudar-nos nessa empreitada deveria ser interesse de todos os países, mas não é nada barato.
Sendo assim, por que não apresentar esta conta para aqueles que põe em risco esse patrimônio?
Vou junto com o pensamento de Dilma, creio que a "conta ambiental" não nos pertence e deve ser assumida pelos "grandes" do mundo.
O Brasil não deveria dar dinheiro a quem quer que seja.
Devemos sim, exigir políticas de compensação ambiental aos países industrializados e degradadores, mormente aos EUA e à China, responsáveis por mais da metade das emissões de gases-estufa.
Somos um país "em vias de desenvolvimento", um número significativo de brasileiros passa por algum tipo severo de carência (de estudo, de saneamento, de saúde, ou todas juntas).
Essas pessoas, muitas vezes, contribuem com a degradação de uma área simplesmente por não possuirem fontes de renda alternativas.
Sua miserável realidade acaba falando mais alto.
São forçadas pelas circunstâncias à cortar ávores, de maneira ilegal, para vender madeira ou matar animais -ameaçados- pois necessitam comer.
Antes de ceder dinheiro a este fundo, deveriamos minorar essas carências.
É fato que uma população socialmente inserida causa menos pressão ambiental.
Sim, há países que necessitam demais do aporte de um fundo como esse, mas não podemos nos iludir, não somos nenhum "Canadá".
Outra coisa: Devemos deixar claro aos estrangeiros que esses mecanismos de compensação também não são uma "compra à prazo da Amazônia".
Esse fundo é apenas uma forma de redistribuição de renda que servirá para a melhoria de vida populações ameaçadas pelas mudanças climáticas. Mudanças causadas, majoritariamente, pelos países do hemisfério norte do Planeta.
Ajudar os países do "terceiro mundo" de maneira consistente, no mínimo, evitará uma avalanche de "refugiados ambientais" nos países desenvolvidos nos próximos 50 anos.
A comitiva brasileira é uma grande prévia das eleições de 2010. Já desembarcaram no país nórdico: Dilma, Serra e Marina.
Cada um com sua visão sobre o tema, cada um querendo mostrar ao mundo sua própria plataforma eleitoral.
Não há uma proposta oficial com a qual os trabalhos da Conferência serão desenvolvidos, todavia é quase consenso que haverá um fundo de compensações para países pobres e/ou biodiversos. Especula-se que este fundo terá um montante bastante elevado de dinheiro para ajudar a pagar pela preservação. Fala-se em valores que vão de US$ 100 bi. até US$ 500 bi. , aporte que seria angariado entre os países industrializados do mundo (em processo semelhante ao que é realizado com os fundos de empréstimo do F.M.I.)
Para Marina Silva, o Brasil deveria ser um dos países contribuintes, mas com um valor baixo (US$ 1 bi, por exemplo).
A lógica da Senadora Acreana tem seu sentido:
Se o Brasil é um emergente "VIP" deve agir como tal, fazemos nossa doação -simbólica- aos "mais pobres do que nós" e constrangemos as lideranças econômicas mundiais a fazer a sua parte (muito mais vultosa, claro).
Dilma Rousseff crê que não deveriamos contribuir com o suposto fundo, apenas sermos beneficiados por ele.
Ao meu ver, a Ministra da Casa Civil está certa.
Somos o país com a biodiversidade mais rica do mundo.
Possuimos a maior floresta tropical que ainda existe. Fora isso, biomas exclusivos como o Cerrado, a Mata Atlântica, o Pantanal.....Todos valiosos por seu alto número de espécies animais e vegetais e, principalmente, todos sofrendo com a degradação.
Só isso já é motivo suficiente para exigirmos auxílio financeiro, ajudar-nos nessa empreitada deveria ser interesse de todos os países, mas não é nada barato.
Sendo assim, por que não apresentar esta conta para aqueles que põe em risco esse patrimônio?
Vou junto com o pensamento de Dilma, creio que a "conta ambiental" não nos pertence e deve ser assumida pelos "grandes" do mundo.
O Brasil não deveria dar dinheiro a quem quer que seja.
Devemos sim, exigir políticas de compensação ambiental aos países industrializados e degradadores, mormente aos EUA e à China, responsáveis por mais da metade das emissões de gases-estufa.
Somos um país "em vias de desenvolvimento", um número significativo de brasileiros passa por algum tipo severo de carência (de estudo, de saneamento, de saúde, ou todas juntas).
Essas pessoas, muitas vezes, contribuem com a degradação de uma área simplesmente por não possuirem fontes de renda alternativas.
Sua miserável realidade acaba falando mais alto.
São forçadas pelas circunstâncias à cortar ávores, de maneira ilegal, para vender madeira ou matar animais -ameaçados- pois necessitam comer.
Antes de ceder dinheiro a este fundo, deveriamos minorar essas carências.
É fato que uma população socialmente inserida causa menos pressão ambiental.
Sim, há países que necessitam demais do aporte de um fundo como esse, mas não podemos nos iludir, não somos nenhum "Canadá".
Outra coisa: Devemos deixar claro aos estrangeiros que esses mecanismos de compensação também não são uma "compra à prazo da Amazônia".
Esse fundo é apenas uma forma de redistribuição de renda que servirá para a melhoria de vida populações ameaçadas pelas mudanças climáticas. Mudanças causadas, majoritariamente, pelos países do hemisfério norte do Planeta.
Ajudar os países do "terceiro mundo" de maneira consistente, no mínimo, evitará uma avalanche de "refugiados ambientais" nos países desenvolvidos nos próximos 50 anos.
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