quarta-feira, 5 de maio de 2010

A polêmica da limitação das armas. - Parte 2


(...continuando)

A invasão a uma colônia poderia resultar em uma resposta (auto-defensiva) de seu colonizador?

E uma guerra-civil na colônia?

Qual seria a definição de uma "guerra justa" ?

O que ocorreu na década de 20 foi um grande desacordo entre as potências, cada uma delas possuindo sua própria definição do que seriam os "armamentos justos" e do que seriam "guerras justas".

Com isso, a Alemanha armou-se - secretamente - durante 15 anos, e no momento oportuno deixou o pacto e iniciou as invasões que dariam início à Segunda Guerra.

O Japão invadiu a Manchúria (hoje parte da China e da Rússia), em 1931, alegando a defesa de suas colônias.
Assim como a Itália invadiu a Absínia (Etiópia), em 1935, usando os mesmos argumentos.

Como é sabido, esses 3 países foram responsáveis pela formação do "EIXO", liderado por Hitler, anos depois.

Agora a polêmica volta com nova roupagem.

Desde já, adianto que não acredito em uma "Terceira Guerra Mundial", entretanto o que causa certo temor são as tentativas de regulação de armamentos, afinal, já falharam no passado e nada indica que funcionarão agora.

Essa postagem é motivada pelo novo Tratado de Não-Proliferação (Atômica), proposto pelos EUA para ajudar a regulação do poder nuclear no mundo.

Assim como ocorrido em 1928, o resultado do novo TNP é mais tensão e aumento de arsenal.

Os EUA não conseguirão controlar a produção bélica ou atômica de quem quer que seja, pois isso é um atributo de soberania nacional (se quiserem mesmo se armar, os Estados irão se armar e ponto).
Não se pode impedir os países de fabricar armas, às vezes, nem mesmo se pode impedí-los de usá-las.

O que pode ser feito é puní-los em caso de ataque injustificado a outras nações.

O Irã já possui um projeto atômico em desenvolvimento e é impossível pará-lo.

O que deve ser feito é garantir que esse projeto não resulte, no longo prazo, em ataque nuclear.

Em um caso como esse, acredito ser muito mais efetivo negociar soluções pacíficas (como têm feito o Brasil e a Turquia) do que ameaçar uma retaliação nuclear "preventiva" (como querem os EUA).

Queremos mesmo repetir os erros do passado?

É sempre bom lembrar que o país que surge como "paladino da justiça e da moral " foi o único a usar armas atômicas contra populações civis.

O interesse em fiscalizar a disseminação dessa tecnologia não se dá pela busca da "paz mundial ", mas sim, porque os EUA não desejam que mais países obtenham o controle do "ciclo atômico".


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