quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Copenhague esvaziada.


A Conferência das Partes de Copenhague (COP-15) promete ser um fracasso antes mesmo de começar. Não adiantaram os esforços visando a diminuição da emissão de carbono dos países europeu e nem mesmo do Brasil.

As metas que serão apresentadas por União Européia e Brasil são ousadas. A UE se comprometeu a reduzir em 95% suas emissões até 2050 (30% até 2020). O Brasil, por sua vez, fechou questão em torno de 39% de redução até 2020.

Parece muito, e de certa forma é, entretanto, não serão suficientes para impedir o aumento da temperatura global ou o derretimento das calotas polares. Isso porque os maiores poluidores da atualidade decidiram que não farão concessões que comprometam seu desenvolvimento econômico.

No que foi chamado pelos ambientalistas "banho de água quente", EUA e China decidiram ignorar as pressões mundiais e concluiram que não farão proposta oficial de redução em seu ritmo industrial e, por consequência, em suas próprias emissões de CO2 e outros gases-estufa. Por consequência adiantam que não haverá resultado real na COP-15. Dessa forma, os esforços do "resto do mundo" de pouco valem.

O G-2 (EUA e China) são responsáveis por mais de 40% de todas a emissões de gases-estufa do mundo, uma recusa desses países em colaborar significará que a COP-15 poderá ter o mesmo (lamentável) fim do "natimorto" Protocolo de Kyoto, este sepultado pela "narrow vision" de George W. Bush.

A Diplomacia de todo o mundo busca formas para modificar a atitude egoísta dos dois gigantes econômicos, mas até agora nenhuma alteração significativa foi apresentada por eles.

Ao que tudo indica, Bush e Obama têm mais em comum do que se imaginava.

Equanto isso, o Planeta afunda lentamente em água e arrogância......

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